Segurança
Feminicídios em Goiás registrou queda em 2024

Em 2023, o Brasil contabilizou 1.378 casos de feminicídios, conforme um relatório divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O estado que lidera a lista é Mato Grosso do Sul, com uma taxa de 3,5 homicídios por cada 100 mil habitantes. O número de feminicídios em Goiás teve queda acentuada em 2023.
Feminicídios em Goiás
No ano anterior, Goiás registrou um crescimento de 121,4% nos casos de feminicídio, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Em 2024, Rio de Janeiro e Amazonas foram os estados com os maiores índices de violência doméstica contra mulheres, conforme a Pesquisa Nacional sobre Violência contra a Mulher.
A Lei 13.104/2015 estipula que o feminicídio ocorre quando há o assassinato de uma mulher “por razões da condição de sexo feminino”, englobando crimes relacionados à violência doméstica e familiar, além do desprezo ou discriminação devido ao gênero.
Casos registrados no Centro-Oeste
Em 2024, a região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de feminicídio, com uma média de duas vítimas para cada 100 mil habitantes, seguida pela região Norte, com 1,6 feminicídios por cada 100 mil habitantes.
Nos primeiros três meses de 2024, Goiás teve uma queda de 31% nos casos de feminicídio (assassinatos de mulheres em contexto de violência doméstica ou hostilidade ao gênero) em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da SSP-GO.
Denúncias realizadas pelas vítimas
A SSP indicou que em 2022 houve 1.185 homicídios. Em 2023 esse número caiu para 1.042, representando uma redução de 12%. Nos dois anos anteriores foram registrados 55 feminicídios.
Em Goiás, no início de 2024, a Central do Disk Denúncia (Ligue 180) recebeu um total de 2.795 denúncias — um aumento significativo de 52,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Perfis das mulheres agredidas
Mulheres vítimas da violência podem apresentar perfis diversos devido às circunstâncias em que vivem com seus parceiros; especialmente se possuem filhos dependentes do agressor. Isso dificulta muitas delas na hora de registrar uma denúncia e perpetua um ciclo vicioso da violência, segundo argumenta os pesquisadores.
O aspecto social é muito relevante na vida das mulheres que sofrem com a violência e são vítimas de feminicídio; isso exige dos gestores públicos e autoridades ações voltadas para combater as desigualdades sociais e promover geração de emprego e renda assim como incentivar educação e a cultura.
Diante da realidade da violência contra as mulheres, todas as ações são essenciais para enfrentá-la. Portanto, é crucial a cooperação entre poderes públicos, forças policiais, organizações não governamentais (ONGs) e veículos da imprensa nesse esforço coletivo.
