Segurança
Entenda o caso Vitória Regina, assassinada em São Paulo

Na noite do dia 23 de fevereiro, a garota Vitória Regina, de 17 anos, foi sequestrada enquanto voltava do trabalho na Grande São Paulo, o que seria mais um dia comum na vida da jovem, se não fosse o registro de sua morte de forma cruel, conforme apuração da Polícia Civil de São Paulo (PCSP).
Caso Vitória, de Cajamar
Recém-empregada em uma lanchonete, Vitória apresentava estar muito feliz com o novo trabalho, relatou sua irmã, Weronica Alves. “Era uma menina que gostava de brincar, tinha o coração ótimo”, descreve.
Depois de deixar o shopping onde trabalhava, Vitoria Regina seguiu o caminho diário de volta para a casa, tomando um ônibus próximo ao trabalho, dia em que desapareceu.
Antes, porém, Vitória enviou uma mensagem com uma foto publicada nas redes sociais, dizendo que “tinha dois meninos ao lado dela, no ponto de ônibus”. Estou com medo, disse.
Desembarque em ponto de ônibus
Após meia hora de viagem de volta para casa, ela desceu do ônibus e mandou outra mensagem para a família, dizendo que estava tudo bem, e que os dois homens não desceram no mesmo ponto.
Moradora de uma área rural de Cajamar, a garota foi dada por desaparecida a partir das 0h30, quando começaram as buscas, com apoio de homens da Guarda Civil Metropolitana e moradores da região.
O corpo da jovem foi encontrado uma semana depois, há 5 km de distância de sua casa, tendo mobilizado uma grande força policial nas buscas, incluindo a Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Civil e parte da comunidade.
Pessoas suspeitas pela morte de Vitória
Neste período, a Polícia Civil já investigava a possível participação de pessoas próximas de Vitória, incluindo o seu ex-namorado, Gustavo Vinicius Morais.
Com o pedido de prisão negado pela Justiça, a polícia acredita que ele estava próximo do local, porém, ele negou as acusações em depoimento.
Outra pessoa investigada é Maicol Sales dos Santos, já que ele teria sido visto próximo ao local onde a garota havia desaparecido, segundo apontaram testemunhas ouvidas pela polícia, que deve examinar um fio de cabelo encontrado no carro do suspeito por meio de DNA.
Investigação policial
Maicol segue preso até a conclusão das investigações do caso Vitoria, de Cajamar, com elementos encontrados pela Polícia Civil que podem levar à prisão e à condenação dos responsáveis por sua morte. Com Maicol, foi encontrada filmagem do ponto de ônibus onde Vitória estava no dia do desaparecimento.
Para a Polícia Civil de São Paulo, Vitória foi morta com crueladade, e os sinais mostram que foi um crime típico de facções criminosas, além de sinais de tortura pelo corpo.
O delegado Aldo Galiano Junior declarou possuir prova contundente da presença do ex-namorado próximo ao local do crime. Inconsistências no depoimento de Gustavo, como a contradição sobre o empréstimo do veículo a um amigo, foram apontadas. O advogado da família também confirmou as inconsistências.
