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Educação

Desvio de dinheiro do transporte escolar é alvo da PF em Tocantins

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A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) desencadearam uma operação para desarticular uma organização criminosa que praticava fraude em contratos de transporte escolar em cidades do norte do Tocantins.

O esquema foi descoberto após uma delação premiada feita por um empresário à Justiça por meio do Ministério Público Federal (MPF). O esquema envolvia rotas fantasmas no transporte escolar para superfaturar as notas, cujo dinheiro obtido no desvio favorecia políticos por meio de pagamento de propina.

Valores desviados do transporte escolar

Segundo as investigações, os valores desviados com o esquema podem chegar a R$ 5 milhões. O grupo foi alvo da Operação Catilinárias, realizada nesta quinta-feira (19) em nove cidades, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Araguaína e Filadélfia.

Ao todo, são cumpridos 70 mandados de buscas e apreensão nas cidades de Araguaína, Araguatins, Babaçulândia, Filadélfia, Goiatins, Nova Olinda, Riachinho, São Bento e Xambioá.

As investigações apontam que as fraudes no transporte escolar eram praticadas entre 2013 a 2018, que envolvia os donos das rotas, gestores municipais e a Associação dos Transportadores Escolares do Nível Fundamental Médio e Superior do Estado do Tocantins (Atec).

Golpes por meio de linhas fantasmas

Os desvios praticados pelo grupo podem chegar a R$ 105 milhões, dinheiro que foram retirados dos cofres públicos e que prejudicou a rede de educação, em especial os alunos. Algumas linhas eram fantasmas, o que aumentava a quilometragem rodada e, consequentemente, o valor do transporte, que era desviado para membros do grupo. Dentre os alvos da operação estão o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Araguatins, Rocha Miranda (Podemos), e o ex-deputado federal, Ronaldo Dimas (PL).

Resposta dos citados

Resposta de Ronaldo Dimas

Em relação a operação realizada na manhã desta quinta-feira em Araguaína, esclarecemos que, pelas primeiras informações apuradas, a decisão não aponta qualquer conduta ilegal do ex-prefeito Ronaldo Dimas.

Houve pedido de busca e apreensão de documentos em seu escritório. Os advogados estão acompanhando e colaborando com as autoridades. Conforme consta na decisão, a investigação se refere a suposta conduta irregular de servidores da Secretaria de Educação entre os anos 2013 e 2018. Não há nenhuma outra medida cautelar, nem mesmo pedido, contra o ex-prefeito Ronaldo Dimas.

Resposta da Prefeitura de Araguaína

A Procuradoria de Araguaína informou que o município está colaborando com a operação da PF. Informou ainda que a Secretaria da Educação colocou à disposição da investigação todos os documentos solicitados para apurar suposta conduta irregular de servidores da secretaria nos anos 2013 a 2018. (O direito de resposta dos citados foram dados pelo portal do G1, e reproduzidos neste conteúdo)

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