Segurança
Ativista Sônia Guajajara é destaque na revista Time
A ativista Sônia Guajajara é destaque na Revista Time na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, publicação divulgada nesta segunda-feira (23), e amplamente discutida no Maranhão, região norte do Brasil e local onde há grandes conflitos entre índios e garimpeiros.
A ativista foi reconhecida por sua luta na defesa das tribos indígenas do Brasil, inclusive na defesa de projetos ambiental sustentáveis, voltado para a proteção da Amazônia e pela preservação da cultura dos povos indígenas.
Brasileiros na Revista Time
Conhecida por suas várias denúncias junto à Organização Mundial do Clima (COP) e na Organização das Nações Unidas (ONU), Sônia Guajajara defendeu os direitos indígenas em mais de 30 países do mundo. Na lista da Revista Time, o segundo brasileiro a receber destaque é o pesquisador Tulio de Oliveira (foto), um dos responsáveis pela descoberta da variante da Omicron da Covid-19 no Centro para Respostas e Inovação em Epidemias (CERI) na África do Sul, onde vive desde 1997.
Sônia luta também por direitos das mulheres, contra o machismo estrutural e contra o neoliberalismo.
“Os pais de Sônia Guajajara não sabiam ler e ela teve que sair de casa aos 10 anos para trabalhar. Apesar disso, ela desafiou as estatísticas e conseguiu se formar na universidade. Desde tenra idade, ela lutou contra forças que tentam exterminar as raízes de sua comunidade há mais de 500 anos. Sônia resistiu e continua resistindo até hoje: contra o machismo, como mulher e feminista; contra o massacre de povos indígenas, como ativista; e contra o neoliberalismo, como socialista”, um trecho da publicação na Time.
Formada em Letras e Enfermagem
Da Terra Indígena Araribóia para o mundo, a ativista Sônia Guajajara nasceu no Maranhão em 1974 e conviveu com o povo Guajajara. Ela é formada em Letra pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), além de se formar em Enfermagem e possuir Pós-graduação em Educação Especial.
Prêmios
- Prêmio Ordem do Mérito Cultural 2015 do Ministério da Cultura
- Medalha 18 de Janeiro pelo Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Padre Josimo, em 2015
- Medalha Honra ao Mérito do Governo do Estado do Maranhão, pela grande articulação com os órgãos governamentais no período das queimadas na Terra Indígena Araribóia, em 2015
- Prêmio João Canuto pelos Direitos Humanos da Amazônia e da Liberdade, pela Organização Movimento Humanos Direitos, em 2019
- Prêmio Packard concedido pela Comissão Mundial de áreas protegidas da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), em 2019