Segurança
Operação da PM na Vila Cruzeiro incomodou até o STF
A operação policial que deixou 24 mortos na Vila Cruzeiro nesta terça-feira (24) incomodou autoridades, defensores dos direitos humanos e até o STF (Supremo Tribunal de Federal), provocando a reação de ministros da Corte.
Na ação, 24 pessoas morreram, além de uma mulher que foi vítima de bala perdida durante o confronto. O MPF vai investigar as condutas dos agentes envolvidos dentro dos dispositivos legais, apurando as responsabilidades e eventual violação de normas de intervenção e de direitos humanos.
PM incomodou o STF
A cúpula da Polícia Militar do Rio de Janeiro, por meio do secretário da corporação, coronel Luiz Henrique, fez a seguinte declaração:
“A gente começou a reparar essa movimentação, essa tendência deles de migração para o RJ, a partir da decisão do STF que limitou operações policiais em favelas durante a pandemia de Covid-19”, disse.
Ministros do STF reagiram
Em resposta, o ministro do STF, Gilmar Mendes, disse que as declarações de representantes das forças de segurança coloca o Tribunal como “bode expiatório” de problemas estruturais dentro das forças policiais.
PM do Rio deve satisfação
Já o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, usou a palavra para acompanhar o ministro Gilmar Mendes, dizendo que, “tendo em vista a posição em que se encontra o STF, achei por bem não polemizar com a PM. A PM deve satisfações, eu estou aguardando essas satisfações”, disse Fux.
Gilmar completou o discurso sobre a invasão policial na Vila Cruzeiro dizendo que o STF deve “contribuir para superação as crises e não para ficar a apontar culpados ou bodes expiatórios”.