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Segurança

Polícia Rodoviária teve a reputação abalada no caso Genivaldo

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Polícia Rodoviária teve a reputação abalada no caso Genivaldo

A morte de Genivaldo Santos repercutiu no Brasil e em vários países pela crueldade empregada pelos policiais que usaram gás lacrimogêneo no porta-malas da viatura onde ele estava detido, sendo a vítima fatal de uma abordagem truculenta que se soma a várias outras no Brasil e no mundo. A Polícia Rodoviária teve a reputação abalada no Caso Genivaldo, assim como no caso da Vila Cruzeiro (SP) e em tanto outros.

Foram abordagens que fugiram do escopo da PRF como uma das mais respeitadas instituições de segurança pública do Brasil ao longo de seus 97 anos desde sua fundação, em 1928, pelo presidente Washington Luiz.

Câmara de gás da PRF

Com a repercussão do caso de Genivaldo Santos pela imprensa nacional e internacional, a PRF já não está no primeiro lugar nos buscadores da internet, onde o caso da “câmara de gás da PRF” já tomou a primeira lista dos assuntos mais pesquisados na rede mundial de computadores.

Embora somente três agentes da PRF participaram da abordagem de Genivaldo Santos, no dia 25 de maio, em Umbaúba, no sul do estado do Sergipe, agora, toda a categoria paga o preço indesejável de rejeição, medo e julgamentos até exagerados vindo da população revoltada com o ocorrido naquele dia sombrio para a segurança pública do Brasil.

Reputação da Polícia Rodoviária

Morreu um cidadão inocente, e morre também parte da reputação da Polícia Rodoviária Federal, órgão considerado um dos mais prestigiados no meio policial, tanto pela capacidade de seus agentes, maioria deles com curso superior — como também pela forma como os policiais tratam os cidadãos de bem, realidade bem diferente no dia da morte de Genivaldo.

O preço deverá ser pago por todos até que a sociedade consiga superar os traumas de uma abordagem violenta e em plena luz do dia, diante de várias testemunhas.

Reconhecimento da PRF

A Polícia Rodoviária Federal ainda é uma instituição brasileira reconhecida por sua atuação contra a criminalidade e em prol da segurança nas rodovias federais, marcas que agora levarão um bom tempo para que sejam novamente fixadas na mente dos brasileiros e da comunidade internacional.

A morte de Genivaldo Santos não foi a primeira e não será a última, mas, certamente deixará um legado positivo que promoverá mudanças estruturais nas polícias, com novas metodologias de formação de agentes, novos conteúdos voltados para os direitos humanos, cidadania e cordialidade, tão necessárias no meio policial, levando em consideração a alta taxa de letalidade em confrontos, além das questões de racismo dentro das instituições de segurança pública.

Mudanças na formação de policiais

Neste mesmo objetivo, instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Direitos Humanos já abordam o tema de forma a considerar a necessidade de mudanças efetivas dentro da segurança pública, muito especialmente na formação de policiais  e com novas técnicas de abordagem que não sejam danosas ao cidadão, seja ele suspeito ou criminoso, prevendo ainda medidas de segurança para os próprios agentes que também são vítimas de violência, quando em serviço ou fora dele.

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