Brasil
Lançamento do livro Querido Lula: Cartas a um Presidente na Prisão
Nesta terça-feira (31), foi lançado o livro “Querido Lula: Cartas a um Presidente na Prisão“, que retrata a vida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Operação Lava Jato pelo ex-juiz federal Sérgio Moro, absolvido depois pelo Supremo Tribunal Federal após provas de que Moro teria agido com parcialidade no julgamento.
O evento aconteceu no teatro Tuca, da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, quando o pré-candidato à Presidência da República discursou sobre o livro e temas voltados sobre as eleições deste ano. No evento, Lula disse: “Não adianta o Bolsonaro dizer que vai dar golpe, que só Deus me tira daqui. Como eu acredito que a voz do povo é a voz de Deus, a voz do povo vai tirar ele de lá”, afirmou.
Lula recebeu 25 mil cartas
Nos 580 dias que Lula esteve preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, ele recebeu 25 mil cartas, escritas por diferentes classes de pessoas, expressando a solidariedade do povo brasileiro, disse a apresentadora de abertura no evento.
A história do livro começa relatando a vida dos metalúrgicos, quando Lula começou sua vida pública no ABC Paulista. As cartas foram recebidas no Instituto Lula, quando foram lidas e checadas para fazer parte do livro Querido Lula sobre a vida do ex-presidente do Brasil.
Cartas a Lula são acervos cultural
Segundo os organizadores que participaram do livro, as cartas não representam apenas o carinho pelo ex-presidente Lula, mas fazem parte de um acervo cultural do Brasil. Raiva, emoção, amor e carinho são sentimentos apresentados pelas pessoas que escreveram suas cartas a Lula.
No discurso de Lula, ele disse que lia as cartas que fariam parte do livro, dizendo que ele está vivendo um momento único em sua vida. “Na minha chegada na sede da Polícia Federal, vi centenas de pessoas me dando apoio e protestando contra o fascista Bolsonaro”, disse.
Organizadores do livro
O ex-presidente disse que era difícil acreditar que tantas pessoas estivesse gritando na frente da prisão por sua causa, considerando um momento único em sua vida, quando agradeceu aos organizadores e apoiadores que idealizaram a produção e publicação do livro.
Inicialmente, havia pessoas que disseram a Lula que, para fazer parte de sua história no livro “Querido Lula: Cartas a um Presidente na Prisão“, a participação de um jurista renomado seria importante, no entanto, ele escolheu pessoas do seu meio e não menos importante para a elaboração da obra.
Luta contra o fascismo no Brasil
Durante a apresentação, Lula disse que, em seus 76 anos de idade, tendo que viver todo os dias para Janja, ele nunca se sentiu tão bem na vida pessoal e na vida política brasileira, dizendo que o povo tomou consciência que é preciso vencer o fascismo e fortalecer a democracia no Brasil, alegando que ele está mais maduro e mais esperto do que era, citando a maior política de inclusão social jamais vista promovida em seu governo.
“Volto a disputar a eleição por que a minha indignação é maior do que a de 26 anos atrás”, disse. Lula citou os problemas sociais que não podem ser vistos como normais, em um país que mais produz proteína animal, ter pessoas vivendo de osso e dormindo nas ruas, com crianças sem leite no país onde a pecuária é referência mundial.