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Segurança

Pesquisadora fala sobre segurança e violência policial no Brasil

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Pesquisadora fala sobre segurança e violência policial no Brasil

Apontando uma série de problemas estruturais dentro das polícias, a pesquisadora do Peace Research Institute de Frankfurt, Ariadne Natal,
falou sobre a violência policial no Brasil e disse que as polícias não foram treinadas para proteger.

O caso de Genivaldo repercutiu no Brasil e em vários países pela crueldade empregada pelos policiais rodoviários federais (PRF) que usaram gás lacrimogêneo
no porta-malas da viatura onde Genivaldo de Jesus estava detido, em Sergipe.

Violência policial no Brasil

Desta forma, a pesquisadora falou sobre falhas no treinamento de policiais, tolerância e sobre os estímulos aos abusos e alguns comportamentos de interesse eleitoral,
disse. Para a pesquisadora, um dos problemas nas forças de segurança pública do Brasil é a falta de treinamento para lidar com conflitos envolvendo a polícia e cidadãos.

Treinamento das polícias

Ou seja, na linguagem da segurança, é preciso que haja o treinamento das tropas em resolução de crises dentro das prerrogativas
dos direitos humanos e de tratados internacionais.

Aliás, o gerenciamento de crises é uma das disciplinas que devem ser aplicadas nos concursos como forma de capacitar os policiais para resolver os problemas,
evitando a violência policial nas abordagens.

Gerenciamento de crises

Enfim, em um gerenciamento de crises, por exemplo, o uso de armas é a última opção, quando a vida do agente ou de terceiros esteja em risco,
depois que todo o processo de mediação ter se esgotado.

Ou seja, a intervenção tática policial deve ser planejada para que não haja um confronto letal, ou, pior ainda, para que não haja mortes sem que houvesse reação que a justifique.

Polícia que protege o cidadão

“As polícias no Brasil não foram treinadas com a ideia de proteger o cidadão, de tratá-lo com respeito, de saber conversar, de criar vínculos com a comunidade.
A sociedade não tem relação de proximidade com a polícia. A verdade é que a sociedade não confia em quem deveria protegê-la”, diz Ariadne.

Em tese, ao abordar o tema sobre a violência policial no Brasil, é preciso ainda discutir sobre a política de segurança pública voltada para proteger o cidadão, e não provocar sua morte,
quando os agentes de polícias agem como promotores e juízes durante uma operação, como foi o caso da ação na Vila Cruzeiro,
envolvendo agentes da Polícia Militar (PM-RJ) e da Policia Rodoviária Federal (PRF), e que resultou na morte de 24 pessoas.

Confronto armado

“Os policiais são treinados para ver o crime em qualquer lugar, para sempre tentar encontrar um criminoso a qualquer custo, para o confronto armado.
Neste conceito, o policial é a ponta de um sistema direcionado para executar pessoas”, diz a pesquisadora em reportagem do G1.

Continuando em relação aos dados, as mortes decorrentes de confronto policial subiram 190% em 2020, com registro de 6.416 vítimas, envolvendo policiais da ativa e da reserva. Foram cerca de 17,6 mortes por dia. No mesmo período, 193 policiais foram mortos, com alta de 13% em relação ao ano anterior.

Salário dos policiais

Em síntese, para a pesquisadora, os policiais estão estressados, aliado ainda ao baixo salário. Por outro lado, é preciso discutir a questão da relação de salário com a situação emocional dos policiais.

Concluindo, outros pesquisadores dizem que não se pode justificar a violência por questão salarial, já que todas as categorias de profissionais não são bem remuneradas, e, nem por isso,
saem atirando e matando pessoas. Ou seja, o conceito de salário dos policiais e a violência é um tabu que precisa ser superado quando se comenta segurança pública e violência com resultado morte.

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