Segurança
Policiais civis do Tocantins são presos em operação da Polícia Federal
Tocantins — Policiais civis do Tocantins foram presos suspeitos de integrar um grupo de extermínio comandando de dentro da Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos de Palmas (Denarc). A ação da PF ocorreu nesta quarta-feira (22).
Policiais civis presos em Tocantins
Segundo as investigações conduzidas pela PF, agentes da Polícia Civil estavam usando carros descaracterizados para a prática de homicídios, veículos que foram encontrados no pátio da Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos de Palmas (Denarc).
Alguns dos carros usados nos extermínios tinham as placas trocadas para que não fossem identificados, porém, com o avanço das investigações, câmeras de radares instalados na cidade de Palmas mostraram os veículos usados em alguns casos de chacinas, bem como o dia e horário onde eles trafegavam.
Policiais e delegados investigados
Dez mandados de busca a apreensão foram cumpridos em locais ligados aos agentes investigados, inclusive na casa de delegados da Polícia Civil de Palmas. A Operação Caninana foi autorizada pelo Tribunal de Justiça do Tocantins.
Cinco policiais civis do Tocantins tiveram as prisões decretadas e foram transferidos para uma unidade de segurança máxima do Cariri do Tocantins, região sul do estado. Eles deverão ficar em celas separadas e individuais.
Grupo de extermínio em Tocantins
Pelo menos 20 casos de homicídios tiveram a participação de policiais civis da Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos de Palmas (Denarc), sendo que maioria das vítimas eram ex-presidiários e traficantes de drogas, aponta as investigações da Polícia Federal. Os investigados foram suspensos da atividade pública.
A PF identificou que policiais supostamente ligados a um grupo de extermínio, tinham um grupo de WhatsApp, onde programavam e articulavam a morte de pessoas alvos. Os crimes cometidos pelos policiais ocorreram entre 2019 e 2020.
Espionagem na SSP-TO
Para a prática criminosa, as investigações da PF descobriu que havia a participação de membros da cúpula da SSP e um suposto grupo de espionagem dentro da segurança pública do Tocantins. O suposto grupo de extermínio criou seu próprio Código Penal para julgar e assassinar pessoas.