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Educação

Ministro participa de debate sobre crise educacional

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Photo: Shutterstock

O ministro da Educação, Victor Godoy, participou, nesta segunda-feira (18), de um evento on-line: Diálogo de Alto Nível sobre a Recuperação do Impacto da Pandemia na Educação na ALC ─ “Da Crise à Ação: A Hora de Salvar a Educação na América Latina é Agora”, com o objetivo de envolver os ministros das finanças e da educação em uma discussão sobre as implicações que a crise educacional traz para o crescimento econômico da região e buscar apoio em torno de uma agenda de ação. O evento contou com a participação dos ministros de Educação do Equador, Panamá e Colômbia.

Segundo o Banco Mundial, as recomendações que devem ser adotadas pelos governos para a recuperação das aprendizagens são: recadastrar matrículas de todos na escola, analisar os níveis de aprendizagem, priorizar as competências fundamentais, analisar os níveis de aprendizagem, implementar programas de nivelamento e recuperação.

No evento, o ministro apontou como exemplo um conjunto de ações articuladas do MEC que fazem parte de uma estratégia de recuperação das aprendizagens no contexto pós-pandemia. De maneira didática, essas ações são organizadas para:

  • O reengajamento dos estudantes;
  • O diagnóstico das lacunas de aprendizagem e ações de ensino personalizados;
  • O cuidado socioemocional e o envolvimento da sociedade e das famílias; e
  • A redução das desigualdades.

A busca ativa escolar é o primeiro passo para o reengajamento dessas crianças no sistema educacional. No início deste mês, foi lançada a campanha nacional em rádio, TV e mídias sociais ─ o Disque 100 Brasil na escola, para que toda a sociedade se envolva na busca ativa por aquelas crianças e adolescentes que, em virtude da pandemia, podem ter deixado a escola. Uma vez que essa criança retorne à escola, o segundo desafio é saber o que ela pode ter deixado de aprender e ajudar o professor em sala de aula a identificar as lacunas de aprendizagem e também a montar uma estratégia que vá ao encontro das necessidades de cada um deles.

Disponibilizada ainda no ano passado para todas as escolas públicas e privadas do Brasil, a Plataforma de Avaliações Diagnósticas e Formativas é uma tecnologia associada a um método para auxiliar no diagnóstico e acompanhamento das aprendizagens dos estudantes.  Serão quatro ciclos de avaliações, permitindo o acompanhamento do desempenho dos estudantes durante todo o ano letivo e uma melhor organização do trabalho pedagógico das escolas com objetivo de recuperar, efetivamente, as dificuldades de aprendizagem mapeadas.

O ministro destacou a questão da conectividade nas escolas, tendo em vista que antes da pandemia o país contava com 35 mil escolas sem acesso à internet e uma velocidade que fosse suficiente para suportar aulas remotas. Este ano em parceria com o Exército Brasileiro, o MEC está colaborando com o Programa Amazônia Conectada, que proverá mais de 3 mil km de fibra óptica subfluviais nos leitos dos rios, que possibilitará a expansão do ensino na região norte.

Com o Ministério da Comunicações (MCOM) e a Telebras, o MEC disponibilizou o serviço de internet via satélite, por meio do Programa Wi-Fi Brasil, que atende cerca de 7.500 escolas rurais com banda larga. Além disso, no projeto-piloto “Internet Brasil”, serão investidos cerca de R$ 140 milhões para levar acesso gratuito à internet em banda larga móvel para os estudantes e famílias mais vulneráveis.

No que diz respeito à formação de professores e recursos digitais, o Brasil vem investindo acentuadamente em seu ambiente virtual de aprendizagem, o Avamec. Já são mais de 160 formações que podem ser bem aproveitadas em conjunto com o portfólio de recursos pedagógicos digitais disponíveis na plataforma. Esse esforço de qualificação também se dá por meio de laboratórios de inovação, os LabCrie, que estão sendo implementados em todos os estados e, em conjunto com a ampliação da infraestrutura e capacidade de produção e compartilhamento de conteúdo. Está sendo analisada a possibilidade de criar uma rede de educação híbrida no Brasil.

“A tecnologia se tornou uma aliada da educação e o esforço conjunto de diversos órgãos de governo tem contribuído para que nossa estratégia de recuperação das aprendizagens atinja de modo mais robusto e eficaz seu objetivo de oferecer educação de qualidade a todos os brasileiros.”, ressaltou o ministro.

Ainda durante o debate, os ministros presentes entenderam que é importante a reabertura das escolas para que as crianças e os adolescentes não percam nem mais um dia de aula: “As ações do MEC para a recuperação das aprendizagens e as parcerias que estamos estabelecendo reforçam nosso compromisso de não deixarmos nenhuma criança para trás e avançarmos determinados na direção da garantia do direito à educação a todos.”, enfatizou o ministro Victor Godoy.

 

Assessoria de comunicação social do MEC com informações da SEB

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