Segurança
Denunciados pela morte de Valério Luiz são julgados em Goiânia
Os denunciados que se tornaram réus pela morte do radialista Valério Luiz de Oliveira enfrentam o júri popular no Tribunal de Justiça de Goiânia. O crime aconteceu em julho de 2012, na Avenida T-38, no Setor Bueno, quando o radialista voltava do trabalho.
Morte de Valério Luiz
Valério Luiz foi morto, segundo aponta as investigações da Polícia Civil, porque tecia críticas ao time de futebol que tinha como vice-presidente o empresário Maurício Sampaio, acusado de ser o mandante do crime. A expectativa é que o julgamento dure três dias.
Os denunciados pela morte do radialista esportivo foram: o empresário Mauricio Sampaio, Ademá Figueiredo, Djalma Gomes, Marcus Vinícius e Urbano de Carvalho. Todos foram denunciados pela 24ª Promotoria de Justiça de Goiânia.
Réus são julgados em Goiânia
A sessão de julgamento, que acontece no Plenário do Tribunal de Justiça é presidida pelo juiz Lourival Machado, da 2ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia.
O policial militar Ademá Figueiredo foi o autor dos disparos que matou Valério Luiz, que teve os demais citados como partícipes no planejamento e execução do crime. Valério Luiz teria feito várias críticas contra o time do Atlético Clube Goianiense.
Motivação do crime
Em uma das críticas, depois que Maurício Sampaio deixou a direção do clube, Valério Luiz, em uma emissora de rádio, no programa Mais Esporte, teria dito que, “nos filmes, quando o barco está afundando, os ratos são os primeiros a pular fora”.
Em represália, narrou a denúncia, a diretoria do Atlético Clube proibiu a entrada das equipes jornalísticas nas dependências do clube. A partir daquele momento, Sampaio teria planejado a morte do radialista, segundo a Polícia Civil.
Julgamento adiado
O julgamento é presidido pelo juiz Lourival Machado, que nesta terça-feira (8) continua com os interrogatórios dos réus acusados pelo crime. O julgamento dos acusados já havia sido adiado pela quarta vez.
Júri dissolvido
Evitando que a decisão do Tribunal de Justiça fosse anulada posteriormente, por meio de recurso da defesa, o Ministério Público de Goiás optou pela a adiamento de um novo júri.
Em junho de 2020, o júri do caso Valério Luiz foi adiado pela primeira vez por causa da Covid-19.
Em março de 2022, o advogado que defendia Maurício Sampaio deixou o caso.
Em maio de 2022, os advogados deixaram o plenário alegando que o juiz Lourival Machado não era imparcial.
Em junho de 2022, o julgamento foi adiado novamente, desta vez, o júri foi dissolvido depois de um jurado passou mal e deixou o hotel onde estava sem autorização.
Condenação dos réus
No terceiro dia de julgamento, a Justiça condenou os envolvidos na morte do radialista Valério Luiz. Maurício Sampaio, Urbano Malta, Ademá Figueredo e Marcus Vinícius vão cumprir apena em regime fechado.
- Maurício Sampaio, apontado como mandante: condenado a 16 anos de reclusão;
- Urbano de Carvalho Malta, acusado de contratar o policial militar Ademá Figueredo para cometer o homicídio: condenado a 14 anos de reclusão;
- Ademá Figueredo Aguiar Filho, apontado como autor dos disparos: condenado a 16 anos de reclusão;
- Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria ajudado os demais a planejar o homicídio: condenado a 14 anos de reclusão.
- Djalma Gomes foi absolvido da acusação de ter planejado o crime e atrapalhado as investigações foi absolvido.