Segurança
Queda de míssil na Polônia coloca a Otan em alerta
A queda de um míssil na Polônia colocou a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em alerta neste domingo (15). Os países-membros da aliança já falam em reunião para tratar sobre o caso que ainda está sendo investigado.
Otan em alerta máxima
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia é responsável pelo lançamento do míssil contra a Polônia como uma provocação à Otan, embora o presidente Vladimir Putin nega as acusações.
Formada por 30 países, a Otan já fala em colocar em ação o artigo 5º do tratado que diz:
“As Partes concordam em que um ataque armado contra uma ou várias delas na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque a todas, e, consequentemente, concordam em que, se um tal ataque armado se verificar, cada uma, no exercício do direito de legítima defesa, individual ou coletiva, reconhecido pelo artigo 51.° da Carta das Nações Unidas, prestará assistência à Parte ou Partes assim atacadas, praticando sem demora, individualmente e de acordo com as restantes Partes, a ação que considerar necessária, inclusive o emprego da força armada, para restaurar e garantir a segurança na região do Atlântico Norte”.
Míssil provoca a Aliança internacional
Enquanto não houver provas concretas de que o lançamento do míssil que matou duas pessoas na Polônia não foi proposital, a Otan vai discutir um de seus 14 artigos que pode colocar as forças de segurança da aliança em ação nas fronteiras da Rússia e Ucrânia, incluindo o posicionamento de mísseis de interceptação.
O míssil caiu em Przewodów, que fica no leste da Polônia, próximo à fronteira com a Ucrânia. O serviço de inteligência dos Estados Unidos já havia confirmado que o míssil era uma arma russa, o que foi negado pela Ministério da Defesa da Rússia. Putin trata o caso como “uma provocação deliberada para agravar a situação”.
Com a retomada de uma das cidades da Ucrânia mais importantes e que foi anexada pela Rússia, Volodymyr Zelensky disse que “aquele seria o momento de colocar fim à guerra”, contando com o apoio da Otan. “O ataque perto da fronteira polonesa teve objetivo de criar pânico”, diz premiê da Polônia (foto)
Investigação e ofensiva da Otan
Uma ofensiva militar contra a Rússia depois de um suposto ataque à Polônia ainda é incerto, levando em consideração que o caso ainda precisa ser apurado com cautela.
Embora o serviço de inteligência dos EUA confirme que o míssil seja da Rússia, o Pentágono diz que não pode confirmar a informação, mas que segue investigando.
“Quanto mais a Rússia sentir impunidade, mais ameaças haverá para qualquer um ao alcance dos mísseis russos. Disparar mísseis conta o território da Otan. Este é um ataque de mísseis russos contra a segurança coletiva. Esta é uma escalada muito significativa. Devemos agir”, afirmou Zelensky.
Segurança internacional
O caso ganhou repercussão internacional e despertou interesse de outros chefes de estado, temendo pela segurança internacional e a escalada de preços em caso de um confronto na Europa. No Brasil, um dos temas mais buscados na internet está relacionado com o míssil que atingiu a Polônia.
No caso de uma guerra envolvendo um país com grande potencial de armamento nuclear, como a Rússia, uma fumaça pode levar a ideia de uma grande cortina de fogo na Europa.
Redação: Izaias Sousa