Segurança
Operação resgata 212 pessoas do trabalho escravo em Goiás
Uma das maiores operações realizadas pelo Ministério Público do Trabalho em conjunto com a Polícia Federal resgatou 212 pessoas que eram mantidas em trabalhos análogos à escravidão, em Itumbiara e Porterão (GO).
Trabalho escravo em Goiás
Outros trabalhadores também foram resgatados em Araporã (MG), e todos foram contratados por uma mesma empresa para trabalhar em lavouras de cana-de-açúcar.
Segundo apontou as investigações, os trabalhadores tinham que comprar a comida e até os colchões para dormir. Quem não conseguira comprar, dormia em cama com papelão. A comida que seria para o almoço tinha que ser dividida com o café da manhã.
Acampamento deplorável
As condições do acampamento também eram precárias, com goteiras, chuveiro com água fria e paredes mofadas. As ferramentas usadas no trabalho braçal também eram vendidas aos trabalhadores.
Responsável pela contratação dos trabalhadores, a empresa SS Nascimento Serviços e Transporte também prestava serviços para fazendeiros da região de Edéia, na região sudoeste de Goiás.
Indenização dos trabalhadores
Com o resgate dos trabalhadores, maioria deles vindos dos estados do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte, eles receberam as verbas indenizatórias por meio de acordo entre os contratantes e o Ministério Público do Trabalho, no total de R$ 2,57 milhões.
Deste valor, 50% foram pagos por danos morais individualizados, além dos danos coletivos que estão sendo negociados com os contratantes.