Educação
Crise de ansiedade em alunos deve servir de alerta aos pais
Os vários casos registrados de crise de ansiedade coletiva em alunos dentro de escolas em várias regiões do país chama a atenção dos pais, educadores e dos profissionais de saúde.
Em abril deste ano, 26 alunos tiveram crise coletiva de ansiedade em uma escola estadual de Recife, que foram atendidas pelo Serviço Médico de Emergência (SAMU). Neste caso específico nenhum aluno teve que ser hospitalizado. O episódio aconteceu na Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Ageu Magalhães.
Ansiedade e síndrome de pânico
Os sintomas eram falta de ar, tremor e crise de choro, além de medo e, em alguns casos, muito suor. Na verdade, o quadro de ansiedade pode parecer ou se tornar em pânico rapidamente caso não haja socorro médico.
Para pesquisadores e psicólogos, as crises de ansiedade em alunos são respostas do longo período de isolamento por causa da pandemia da Covid-19, sendo que o retorno às aulas presenciais foram como gatilhos psicológicos negativos.
Estudo sobre ansiedade coletiva
Como ainda não há um estudo técnico sobre a causa da ansiedade coletiva nos alunos, é provável que a resposta possa vir a partir dos casos já relatados também em outros estados.
Em situações semelhantes, é preciso que os pais, educadores e profissionais da saúde saibam dispensar a atenção necessária quando um caso semelhante for notificado. É preciso que os gestores educacionais reconheçam a importância do trabalho realizado por psicopedagogos dentro do ambiente escolar.
Alerta aos pais
No caso dos pais, os sinais de crise de ansiedade podem ser um alerta de que o filho pode precisar de acompanhamento médico psicológico, e que não dependa apenas das ações adotadas pelas escolas ou pelos gestores públicos.
“A ansiedade vem de uma pressão psíquica que impulsiona a consciência, o que consequentemente impulsiona o ego, que é a estrutura central da consciência, onde sentimos pressão interna. Ela vai causar um descontrole emocional, aumento de taquicardia e outros sintomas que variam de pessoa para pessoa”, explicou a psicóloga e neuropsicóloga, Thathyana Rocha dos Santos Polito.
O comportamento do aluno pode indicar que algo está fora do normal, e nesse caso é preciso intervenção por parte dos responsáveis e/ou educadores.
Izaías Sousa
Especialista em Segurança Pública