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Como foi a prisão dos fugitivos do presídio de Mossoró (RN)
Uma ação integrada entre a Polícia Federal e Rodoviária Federal prendeu os dois foragidos do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN), fuga ocorrida há mais de 50 dias.
Fugitivos de Mossoró
Rogério da Silva, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33, foram encontrados em Marabá (PA), depois de percorrer por mais de 1,6 quilômetros do local onde começaram as buscas.
A fuga ocorreu em 14 de fevereiro, e custou cerca de R$ 2 milhões aos cofres públicos, segundo análises de especialistas em segurança. O presídio de Mossoró foi construído em 2006, e a fuga dos criminosos foi a primeira registrada em um presídio de segurança máxima no País.
Membros do Comando Vermelho
Os fugitivos fazem parte da facção Comando Vermelho (CV), e já possuem várias condenações por diversos crimes, incluindo homicídios dentro de presídios. Eles tiveram ajuda do grupo criminoso para financiar a fuga, além de terem pago R$ 5 mil para um morador da zona rural para fornecer celular e esconderijo.
Segundo informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública, os criminosos contavam com o apoio de um comboio de veículos modernos, além de possuir armas de alto poder de fogo quando foram presos.
Serviço de inteligência
A prisão só foi possível por meio do serviço de inteligência da Polícia Federal e Civil dos estados onde eram feitas as buscas. Os telefones dos criminosos foram rastreados, o que permitiu que a polícia realizasse a prisão na divisa dos estados do Marabá com o Rio Grande do Norte.
A prisão
Em relação à prisão, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que a equipe estava aguardando o melhor momento para fazer a abordagem com os menores danos possíveis, em relação às próprias pessoas que foram objeto da medida, além dos policiais e de terceiros.
“Foi planejada uma primeira abordagem, mas entendemos que haveria um momento mais oportuno para uma segunda abordagem, como de fato aconteceu. Um dos alvos portava um fuzil no momento da abordagem, mas frente à ação e reação das nossas equipes, não teve nenhum incidente de gravidade. Portanto, concluímos um trabalho com muito sucesso, com a prisão das seis pessoas envolvidas. Dentre eles, os dois fugitivos e sem nenhum dano colateral”, contou o diretor-geral da PF.
Grupo tático
De acordo com ele, inicialmente, houve um esboço de reação, com o fuzil apontado aos policiais, frente à ação das equipes. “Porém, lá estava nosso grupo de pronta intervenção, que é um grupo tático preparado para esse tipo de ambiente e circunstância. Isso permitiu que a ação fosse sem reação. Esse é nosso esforço sempre. Capacidade operacional de força para neutralizar qualquer reação”, explicou. Segundo Andrei Rodrigues, as outras quatro pessoas que estavam com os dois fugitivos de Mossoró também serão indiciadas.