Tecnologia
China amplia a segurança e vai trocar 50 milhões de computadores
O governo da China amplia a segurança e vai trocar 50 milhões de computadores no prazo de dois anos. Seria uma medida para que Pequim reduza a dependência tecnológica de outros países, como a dos Estados Unidos.
A troca deve alcançar também semicondutores, servidores de internet e telefones. Os computadores Lenovo, produzidos na China, devem substituir os da marca HP e Dell. Eles deverão rodar sistema operacional desenvolvida pela China.
Estratégia econômica?
Em dois anos, os governos regionais também deverão trocar os computadores. Por enquanto, a substituição está limitada no governo central. A questão pode ser, tanto estratégica, no cenário da economia — quanto no cenário da segurança interna.
Com a medida, é possível que, em médio e longo prazo, outros países também adotem as medidas, seja por questão econômica quanto a de segurança, prevendo ameaças de espionagem por meio de servidores de internet conectados entre os países.
Segurança e espionagem
Não é de estranhar que os computadores fazem parte da lista de equipamentos com alto grau de risco contra a segurança estratégica dos países. Eles podem rodar sistemas espiões previamente instalados para rodar em chips, sem constar nos manuais de instrução.
Se for verdade tal possibilidade, nunca a espionagem chegou tão longe, ou seja, infiltrada nos equipamentos usados pela maior parte da população mundial, inclusive pelas forças de segurança e agências de inteligência dos governos.
Em se tratando de proteção de dados (LGPD) Lei Geral de Proteção de Dados, seria difícil prever qual nível de segurança estamos tendo.
Izaías Sousa
Especialista em Segurança