Amazônia do Brasil só vai existir enquanto houver índios

Considerados como sendo os primeiros habitantes do Brasil, os índios estão no meio de uma guerra pela proteção de suas áreas protegidas. A Amazônia é hoje uma terra cobiçada por garimpeiros ilegais, grileiros de terras, narcotraficantes, pesquisadores estrangeiros e madeireiros ilegais.

Amazônia do Brasil

Por trás do interesse de diversos grupos, surgiu também o interesse de políticos que buscam devastar a maior floresta do mundo e sua biodiversidade, retirando dos índios o controle maioritário da Amazônia do Brasil, dentro de suas terras protegidas pelo governo brasileiro.

Órgão como o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) e a Funai (Fundação Nacional do Índio) se esbarram entre o que deve ser feito e o que poderia ser feito, já que os interesses, embora sejam os mesmos, são controlados por um presidente que pouca se importa com as questões indigenistas e de meio ambiente, como é o caso do presidente Jair Bolsonaro.

Terras indígenas e minérios

Por uma suposta abertura do mercado econômico por meio dos recursos naturais da Amazônia, o presidente Bolsonaro busca, a todo custo, retirar o controle dos índios da Amazônia legal, além das terras devidamente demarcadas e de proteção permanente.

Uma das grandes propostas do governo brasileiro é dar concessão para que empresas mineradoras possam explorar a Amazônia, principalmente após a crise dos fertilizantes com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, já que o estado é rico em potássio e ouro, que estão dentro de terras indígenas.

Exploração da Amazônia do Brasil

Outra fonte econômica que pode ser explorada nas reservas do Amazonas é o mercado ecológico, defendido também pelo presidente Jair Bolsonaro. Para o governo, os índios não podem ser os principais detentores dos recursos naturais da maior floresta do mundo, a Amazônia do Brasil.

Madeira, ouro, potássio, animais silvestres, peixes e insetos exóticos são a biodiversidade que provoca a maior disputa envolvendo invasores e os índios, em uma guerra que, se não for controlada, pode fazer a floresta amazônica se transformar em uma savana brasileira, relatam os defensores das causas ambientais.

Meio ambiente e pressão internacional

Enquanto houver índios, certamente as florestas da Amazônia brasileira deverá resistir as invasões que acontecem por décadas e rotineiramente, sob o olhar dos pesquisadores internacionais que pressionam o governo do Brasil a adotar medidas rígidas de proteção ambiental, além de forte pressão internacional de outros países, como a França, Estados Unidos e a Inglaterra.

Sem floresta e sua biodiversidade, não haverá índios, não haverá recursos naturais preservados, e não haverá uma causa que justifique sua proteção e defesa.

Jornalista Dom Phillips e Bruno Pereira

Com o desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, servidor licenciado da Funai, os olhares da imprensa internacional deram destaque aos problemas vividos pelos povos indígenas da Amazônia brasileira e as questões de preservação ambiental na maior reserva natural do mundo.

Os índios são, de fato, os maiores protetores daquele ecossistema, pois eles dependem da floresta e de seus recursos naturais para sua sobrevivência como povos primitivos, servindo como uma espécie de termômetro da saúde das florestas da Amazônia do Brasil.

A Funai e o Ibama na Amazônia

Seus aliados, diretos ou indiretos, formam a maior cadeia de proteção ambiental do mundo, com exceção das políticas do presidente Jair Bolsonaro e de seus apoiadores, que buscam meios ilegais para invadir terras indígenas e explorar madeiras e minérios da reserva mundial.

Servidores públicos dos órgãos de proteção, como os da Funai e do Ibama, são exonerados, transferidos e perseguidos por autoridades governamentais por colocar em prática planos de desocupação de terras indígenas e por combater os garimpeiros da região.

Segurança dos povos indígenas

Para manter as políticas de segurança dos povos indígenas da Amazônia, há esforços concentrados do Ministério Púbico Federal (MPF) e do Supremo Tribunal Federal (STF), com ordens de desocupação de terras, destruição dos maquinários usados pelos garimpeiros e requerimento de resposta do governo sobre as questões de interesse dos povos indígenas e da população que depende da Amazônia como mantenedora do equilíbrio ambiental mundial.

De fato, não podemos duvidar que, se não houvesse os índios, não haveria mais as reservas da Amazônia como temos hoje, pois eles justificam cada operação de proteção naquele Estado.

Izaías Sousa
Especislista em Segurança Pública
Email: izaias-sousa@bol.com.br