Brasil
Bolsonaro é denunciados por tentativa de golpe de Estado
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O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas foram denunciadas pela Procuradoria-Geral da República por tentativa de golpe de Estado em 2022.
Denúncia contra Bolsonaro
Na ação da PGR, Bolsonaro é acusado por organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, generais da reserva do Exército, também são alvos de investigação e das denúncias da PGR. Para se manter no poder, Bolsonaro tinha o apoio dos oficiais das Forças Armadas, mesmo com a derrota de Lula.
A trama do golpe de Estado
A denúncia partiu do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que foi indicado por Lula para a PGR. Além de Bolsonaro, foram denunciados Braga Netto, Anderson Torres (Justiça), Sérgio Nogueira (Defesa) e Augusto Heleno (GSI), além do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
Evidenciou-se que os denunciados integraram organização criminosa, cientes de seu propósito ilícito de permanência autoritária no Poder. Em unidade de desígnios, dividiram-se em tarefas e atuaram, de forma relevante, para obter a ruptura violenta da ordem democrática e a deposição do governo legitimamente eleito, dando causa, ainda, aos eventos criminosos de 8.1.2023 na Praça dos Três Poderes”, diz trecho da denúncia.
Plano elaborado
Sem o apoio dos comandantes do Exército e da Aeronáutica, o plano de golpe de Estado não foi concretizado conforme havia sido planejado pelo grupo citado na denúncia.
Em depoimento à Polícia Federal (PF), tanto o general Freire Gomes (Exército) quanto o tenente-brigadeiro Carlos Batista (Aeronáutica) confirmaram que Bolsonaro havia participado de reuniões que tratavam sobre a minuta do golpe.
As ações progressivas e coordenadas da organização criminosa culminaram no dia 8 de janeiro de 2023, ato final voltado à deposição do governo eleito e a abolição das estruturas democráticas. Os denunciados programaram essa ação social violenta visando forçar a intervenção das Forças Armadas e justificar um Estado de Exceção, diz outro trecho da denúncia oferecida por Gonet.
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