Segurança
Como a segurança pública do DF golpeou a democracia
A invasão à Praça dos Três Poderes por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), ocorrida neste domingo (8) colocou as forças de segurança do Distrito Federal no centro das atenções internacionais, ao mesmo tempo em que a democracia foi golpeada no governo de Ibaneis Rocha (MDB).
Segurança pública do DF
Prevendo que milhares de pessoas estavam a caminho do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), o secretário de segurança pública do DF, Anderson Torres, nada fez para manter um rigoroso esquema de segurança, e que teve a conivência do governador Ibaneis Rocha.
O próprio governador do Distrito Federal pediu desculpas pelo ocorrido afirmando que não esperava que os manifestantes iriam invadir os órgãos do Governo Federal e da Justiça, declaração que não evitou seu afastamento por 90 dias, segundo determinação do ministro Alexandre de Morais (STF).
Gerenciamento de crise
Se não houve interferência direta e espontânea de agentes públicos apoiando o movimento dos terroristas, houve, no mínimo, ingerência administrativa e desvio de competência no governo de Ibaneis Rocha, que não gerenciou uma crise já prevista por sua equipe e pela equipe de segurança do presidente Lula.
Com as investigações em andamento pela Polícia Federal, os golpistas que invadiram a Praça dos Três Poderes serão cassados como raposas, ao mesmo tempo em que o Supremo Tribunal Federal dará um duro recado aos apoiadores de Jair Bolsonaro sobre as consequências de um atentado contra a democracia e contra os patrimônios da União.
Invasão em Brasília
No cenário da segurança pública, as manifestações em Brasília mostraram que os apoiadores de Bolsonaro não agiram sozinhos, mas que foram orientados por lideranças, empresários e políticos contrários ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que estavam preparados para atos piores e jamais vistos no Brasil contra a eleição de um presidente da República.
Foto: Poder 360