Segurança
Conselho aprova a demissão do delegado Da Cunha da Polícia Civil
O Conselho da Polícia aprovou a demissão do delegado Da Cunha da Polícia Civil de São Paulo, que depende ainda da assinatura do governador Rodrigo Garcia (PSDB). Da Cunha é conhecido por suas operações policiais gravadas e postadas em redes sociais, onde conseguiu mais de 3 milhões de seguidores.
Ele também foi investigado por gravar operações em favelas para se promover com os vídeos em redes sociais, além de ser investigado por prisão de um suposto chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Promoção do delegado
Carlos Alberto da Cunha é um delegado estilo “linha grossa”, que se beneficiava das operações policiais para se promover na internet, ostentando armas e comentando as operações, algumas delas transmitidas em tempo real pelas redes sociais, sem autorização da Polícia Civil.
Uma das prisões equivocadas foi a do Jagunço de Savoy, que segundo aponta investigações do delegado Da Cunha, era o chefe do PCC, caso ocorrido em 2020. Porém, por meio de investigação, descobriu que o Savoy preso não era a pessoa investigada por Da Cunha, pois se tratava de um nome semelhante.
Delegado Da Cunha nas redes sociais
Na internet, o delgado divulga vídeos onde comenta sobre operações policiais e dá dicas para concursos para a polícia. No Twitter, onde tem 27,5 mil seguidores, o delegado Da Cunha fala sobre operações na Cracolândia e comenta sobre política de assistência social.
Se as operações policiais promovidas pelo delegado eram robustas e eficiente, seu reconhecimento veio junto com as publicações das ações e levada ao olhar de milhões de seguidores, que lhe rendia uma boa grana com a monetização dos vídeos, principalmente na plataforma do YouTube.
Com pré-candidatura a deputado federal registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o delegado pode ser impedido de concorrer ao cargo caso seja exonerado da Polícia Civil, por força da Lei da Ficha Limpa.