Tecnologia
Dia do Radioamador: o fascinante mundo da comunicação
Em 1925, foi criada a União Internacional de Radioamadores (IARU), data comemorada pelos radioamadores no dia 18 de abril como uma data especial em reconhecimento aos praticantes da radiocomunicação, prática que por várias décadas serviu como meio de comunicação oficial entre governos e por estações de segurança e socorro, como na 1º e 2ª Guerra Mundial.
Usando determinadas faixas e frequências destinadas exclusivamente para uso dos radioamadores, é possível fazer comunicação à longas distancias, inclusive de um país para outro, principalmente à noite, quando as ondas eletromagnéticas facilitam a condução da voz pelas ondas.
Não se pode confundir radioamadores com PX, ou CB – Rádio Cidadão. Os rádios usados pelos caminhoneiros, por exemplo, podem ouvir e até transmitir em faixas exclusivas dos radioamadores licenciados, porém, é proibido falar em frequências em que o operador não esteja licenciado pela Anatel.
Dia do Radioamador
O radioamadorismo, além de ser um hobby, foi também um meio importante de comunicação antes da chegada do telefone nas residências, quando as pessoas de todo o mundo se comunicavam por meio das frequências do rádio em Ondas Médias e Curtas, em faixas exclusivas e destinadas para os praticantes.
O serviço de radioamadorismo já serviu também como forças auxiliares do serviço de segurança pública em períodos de guerras, além de ser uma prática útil em momentos de catástrofes naturais, quando os demais meios de comunicação oficial venham a falhar, como as comunicações por telefone, internet, rádios e TVs, ou em locais onde os sinais não chegam por meio dos modernos equipamentos existentes.
Hobby ameaçado
Hoje, o fascinante hobby está quase extinto, porém, ainda há grupos, associações e agremiações representativas que mantém o radioamadorismo ativo, incluindo a realização de competição que une praticantes em vários países que se comunicam pelo rádio, demonstrando o quanto suas vozes ou sinais telegrafados podem chegar em determinado dia e horário, conhecido pelos praticantes por “contests”.
Nesses campeonatos, como podemos chamar, há premiações em forma de cartões postais que são enviados entre as pessoas que confirmaram um contato pelo rádio, além de manterem um registro em plataformas dedicadas aos radioamadores na internet.
Representação
No Brasil, os praticantes são representados pelo Liga Brasileira dos Radioamadores (Labre), e cuja licença para uso de frequências são outorgadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel).
Para se tornar um radioamador, é necessário passar por uma avaliação que inclui provas de Eletrônica, Técnica Operacional e Legislação de Telecomunicação. Em alguns casos, para determinada faixas de frequências que será utilizada, o candidato deve fazer prova de Radiotelegrafia (Código Morse), previamente agendada pela Anatel nos respectivos estados.
Classes de Radioamadores
Os radioamadores são reconhecidos por Classes, sendo a (A, B e C). Ao ser aprovado nos exames, o radioamador recebe um código de identificação que é único no mundo todo, conhecido por (Indicativo de Chamada), composto por letras e números, como exemplo: (PU2GDE), ou (PY2MM).
As primeiras letras identificam a classe do radioamador e quais equipamentos ele pode operar, ou ainda em quais faixas e frequência ele pode fazer suas transmissões, que não são liberadas para todas as demais classes.
Indicativos de chamada
Nas comunicações entre os amigos, as primeiras letras e números já identifica em que classe ele está licenciado, e quais frequências do rádio ele pode fazer a comunicação. Caso o radioamador esteja fazendo um contato com uma colega de classe superior à dele, em uma frequência exclusiva, ele é orientado a mudar de classe para continuar a conversação, tudo de forma educada e gentil pelos mais veteranos, “encerrando o bate-papo” o mais rápido possível, conforme regra dos órgãos de controle.
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Por: Izaias Sousa
Radioamador (PU2GDE)