Segurança
Falso pastor é preso por golpe milionário contra religiosos
A Polícia Civil do Distrito Federal e de Goiás cumprem mandados de busca e apreensão em endereços ligados a um grupo de pastores liderados por Osório José Lopes Júnior, que, segundo a polícia, já aplicou golpes que lhe renderam R$ 15 milhões, crimes praticados a partir da cidade de Goianésia (GO).
Golpe contra fiéis
Segundo o falso pastor, ele teria orado por um alto empresário, e recebeu dele o valor de R$ 1 bilhão, e para receber a oferta, teria que reunir fundos de investimento, foi quando começou a usar suas redes de colaboradores oferecendo recompensa para religiosos que colaborassem com o fundo depositando dinheiro.
Com a promessa de que os religiosos também receberiam somas exorbitantes, na ordem de ‘octilhão’ de reais, cerca de 50 mil pessoas caíram no golpe da prosperidade espiritual oferecida pelo mercenário. Os crimes começaram a ser investigados ainda em 2018, quando as vítimas, incluindo policiais denunciaram o pastor.
Base criminosa em Goianésia
O delegado de Polícia Civil, Marco Antônio Maia, disse que a operação para prender o pastor e seus colaboradores é um importante passo na continuação da ação que teve início a partir de um inquérito instaurado por ele em Goianésia.
Segundo o delegado Maia, o pastor Osório ostentava uma vida de luxo, e ia à igreja de helicóptero, além de seguranças particulares. “Era um avião alugado, somente para enganar os fiéis”, disse.
Movimentação milionária
Sua rede criminosa chegou em vários estados, e pelo menos 800 contas bancárias em nome de diversas pessoas já foram identificadas.
A polícia busca objetos que podem dar mais informações sobre a atuação do grupo criminoso e suas vítimas. Em números atualizados, a polícia acredita que Osório e sua rede movimentou R$ 156 milhões. A rede criminosa também é investigada no Mato Grosso, e mandados de buscas são cumpridos na casa de uma mulher também intitulada de pastora.
Também era possível ‘investir’ R$2 mil para ganhar 350 bilhões de centilhões de euros’. A operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT).
Izaías Sousa