Segurança
Generais de Bolsonaro são alvos na CPI da democracia
Generais das Forças Armadas estão na linha de fogo da CPI que investiga participação de militares e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em atos antidemocráticos e invasão às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
Generais de Bolsonaro na CPI
A invasão foi transmita ao vivo por vários jornais e mostrou que homens da Polícia Militar do Distrito Federal e militares do Exército pouco fizeram para impedir a invasão, incluindo o vandalismo no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF).
O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito pede o indiciamento de 8 generais e do ex-presidente Jair Bolsonaro em pelo menos três crimes, que são: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Democracia atacada
Segundo a relatora, “as investigações aqui realizadas, os depoimentos colhidos, os documentos recebidos, permitiram que chegássemos a um nome em evidência e a várias conclusões. O nome é Jair Messias Bolsonaro. Como se verá nas páginas que se seguem, a democracia brasileira foi atacada, massas foram manipuladas com discurso de ódio”.
Ao todo, o relatório produzido pela deputada federal Aliziane Gama (PSD-MA), pede o indiciamento de 60 pessoas, sendo 31 militares. Os generais citados no parecer são:
Generais investigados:
General Marco Freire Gomes: permitiu a entrada dos manifestantes no dia 8 de janeiro e que eles acampassem frente aos quartéis.
General Augusto Heleno: chefe do GSI no governo de Bolsonaro e uma das pessoas ouvidas na CPI.
General Walter Braga Netto: que foi candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro, e que incentivou os manifestantes dizendo que Lula, se fosse eleitor, não tomaria posse.
General Luiz Eduardo Gomes: um dos militares mais próximo do presidente Bolsonaro, sendo ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
General Paulo Sérgio Nogueira,:ministro da Defesa, e que tratou sobre invasão de urnas eletrônicas com hackers, além de não evitar ações que promovessem manifestações golpistas dentro das forças armadas.
General Carlos José Russo: integrante do GSI, e que não evitou a entrada de manifestantes no Palácio do Planalto.
General Carlos Feitosa: também integrante do GSI, suspeito de ter sido conivente com os invasores.
General Ridauto Fernandes: também alvo da CPI por suposta facilitação e ajuda aos manifestantes conta a sede dos Três Poderes.
O almirante Almir Garnier Santos deve ser responsabilizado pelos tipos penais descritos no artigo 288 do Código Penal, como associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, “por condutas dolosas, por aderir subjetivamente às condutas criminosas de Jair Messias Bolsonaro e demais indivíduos em seu entorno”.