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Segurança

Ministro joga para os governadores a liberação das rodovias

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Ministro joga para os governadores a liberação das rodovias

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, jogou para os governadores a responsabilidade de colocarem suas tropas para a liberação das rodovias interditadas por apoiadores do Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições do dia (30/10).

Liberação das rodovias

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), responsável pela segurança das rodovias federais, investiga agentes que estariam apoiando o bloqueio das rodovias em clara manifestação contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Subprocuradores do Ministério Público Federal assinaram, nesta terça-feira (01/11), pedido de investigação contra o diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, por suposta prevaricação e desobediência.

Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (UB) disse que já havia determinado que a Polícia Militar desse apoio operacional à PRF na retirada de caminhoneiros que estavam interditando as rodovias no Estado, incluindo o uso de uma tropa de choque.

Reconhecimento de Caiado

Ronaldo Caiado foi oposição a Lula, porém, depois da vitória para seu terceiro mandato, Caiado emitiu a seguinte nota:

“Venceu o desejo soberano do povo brasileiro! Faço política com total respeito à democracia. Parabenizo o presidente Lula e, como Governador de Goiás, continuarei trabalhando por parcerias”, escreveu Caiado.

Para os governadores, mesmo para os que apoiaram o candidato Lula, colocar a tropa na defesa dos interesses democráticos é como se tivesse “cortando na própria pele”, principalmente porque a maioria dos membros da segurança pública apoiaram o presidente Bolsonaro.

Acalmar os ânimos na segurança

Acalmar o ânimo dos membros da segurança pública será um dos primeiros desafios enfrentado pelos governadores e secretários das pastas em seus respectivos estados.

Segundo fontes ouvidas pela produção e que fazem parte da segurança pública de Goiás, a questão se esbarra em idealismo e moralidade dentro do processo eleitoral, devido ao fato de Lula ter sido condenado e preso na Operação Lava Jato.

“É difícil para um policial saber que será comandado por um líder que foi condenado e preso por diversos crimes”, dizem alguns policiais ouvidos, se referindo a Lula.

Condenação de Lula

Lula ficou 580 dias presos na carceragem da Polícia Federal até ser absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. O presidente eleito foi condenador pelo ex-Juiz Federal Sérgio Moro, hoje aliado de Bolsonaro. Moro foi considerado parcial em seu julgamento, o que contribuiu para que Lula fosse solto e pudesse concorrer às eleições deste ano.

 

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