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Ônibus do transporte coletivo de Goiânia estão sucateados
O transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana está sucateado e a população ainda paga caro pelo serviço prestado, com bilhete no valor de R$ 4.30, e com promessa de que não será reajustado em 2023.
Transporte coletivo de Goiânia
Conforme anúncio do Governo de Goiás nesta quarta-feira (30), o subsídio envolvendo o Estado e prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo vai garantir a manutenção da tarifa aos usuários, porém, sem anúncio de uma nova frota.
O subsidio pago pelo Governo de Goiás é de 41,2% do valor da tarifa atual, e a prefeitura de Goiânia paga mais 41,2%, sendo que o restante é pago pelas prefeituras de Aparecida de Goiânia e de Senador Canedo.
Valores da tarifa do transporte
Sem os subsídios, o valor da tarifa do transporte coletivo de Goiânia seria de R$ 7,26, e o custo para os cofres públicos do Estado de Goiás é de R$ 110 milhões.
Em outubro deste ano, uma mulher morreu depois de cair de um ônibus no Eixo Anhanguera, na Praça do Palmito, no Jardim Novo Mundo. Leidiane Teixeira da Cruz estava encostada na porta de saída do coletivo quando ela abriu e a passageira caiu na pista.
Há diversos casos de ônibus quebrados nas avenidas que cortam a capital do Estado, alguns deles com princípio de incêndio, que obriga os passageiros a descerem e entrar em outro veículo. Casos semelhantes ocorrem com frequência na Grande Goiânia.
Eixo Anhanguera
Além de ter uma das frotas mais velhas do Centro Oeste, os ônibus do transporte coletivo de Goiânia circulam em ruas e avenidas de péssima qualidade, incluindo o Eixo Anhanguera, que atualmente passa por reforma.
Outra obra que poderia melhorar a questão da mobilidade urbana é a BRT Norte Sul, que está sendo construída na Avenida Goiás Norte, com os terminais de embarque e desembarque em fase de conclusão. A obra, teve um valor contratual inicial de R$ 217 milhões.
Mobilidade urbana
Quanto à questão da mobilidade urbana em Goiânia, no governo de Dilma Rousseff (PT), foram investidos R$ 570 milhões nas obras da BRT Norte Sul, nos 16 corredores exclusivos do modal, sendo que, deste valor, o Estado recebeu R$ 25 milhões.
Os valores estão sendo investidos em 21 quilômetros de malha viária urbana, com 7 terminais de passageiros. Todo esse montante merece uma frota de ônibus de qualidade para os mais de 500 mil usuários diários do transporte coletivo de Goiânia, segundo dados da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC).
A previsão é que, em 2023, o Eixo Anhanguera vai receber 114 ônibus elétricos, processo licitatório que está em andamento depois de ser questionado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).
Novos ônibus em 2023
A nova frota de ônibus elétricos para o Eixo Anhanguera custará, mensalmente, R$ 69.594,84 por ônibus. Moderno e econômicos, os ônibus elétricos empregam alta tecnologia, e por esse motivo, o serviço de manutenção também é considerado alto, o que também foi questionado pelo Ministério Público.
Em resposta à produção do Goiás Hoje sobre a frota de ônibus na Grande Goiânia, a assessoria de comunicação da CMTC, disse que novos veículos serão colocados em circulação em 2023, sem precisar quantos e em quais regiões eles estarão circulando.
Fotos: Izaías Sousa