Segurança
PCC tem arquivo com nomes e endereços de agentes públicos
O Primeiro Comando da Capital (PCC) tem ao seu dispor uma lista com milhares de nomes de servidores públicos, incluindo juízes, promotores de Justiça, policiais civis, militares e penais. Estão na lista nomes de agentes públicos considerados como ameaças contra a facção. O arquivo pode ser chamado de “a lista negra do PCC”.
A lista negra do PCC
Segundo informações apuradas pela Coluna UOL, dos 2 mil nomes, pelo menos 11 deles já receberam ameaças de morte vindas de membros da facção criminosa que atuam em todos os estados, com maior incidência nas capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro.
Nos demais estados, PCC tem seus grupos liderados por chefes de facções localizadas, porém, maioria dos integrantes são os chamados “soldados”, que seguem orientações do comando superior dentro da facção, principalmente de dentro dos presídios.
Nomes e endereços de autoridades
Alguns dos chefes do PCC estão com cópias dos nomes guardadas em pendrives, nas mãos de integrantes espalhados pelo Brasil e até na Bolívia. Seria impossível saber com exatidão quantas cópias existem com a lista de nomes que são considerados inimigos do PCC.
Em janeiro de 2023, vence o prazo para que as autoridades transfiram algumas lideranças da facção para os presídios de São Paulo. Seria um requerimento dado as autoridades para que não haja reação de vingança contra os agentes públicos.
Aparato tecnológico da facção
Na guerra contra os agentes públicos, os membros do PCC têm à sua disposição um grande aparato tecnológico para monitorar seus alvos, incluindo drones, veículos blindados e explosivos C4, com alto poder de destruição.
Assim como acontece em países onde o terrorismo vem sendo uma arma contra as autoridades, que empregam bombas para ataques terroristas, o PCC ainda não dominou o conhecimento bélico, como a fabricação de explosivos programados à distância, o que seria uma desvantagem para as autoridades e agentes públicos.
Policiais mortos em 2006
Somente em São Paulo, quatro delegados da Polícia Civil aparecem na lista dos alvos do PCC. Em 2006, um ataque em massa promovido pela facção terminou com 24 policiais militares mortos, oito policiais civis, oito policiais penais e três guardas municipais. Outros 500 civis formam mortos a tiros no Estado.
Com informações da Coluna UOL