Segurança
Ronnie Lessa faz delação sobre a morte de Marielle Franco
O ex-policial militar Ronnie Lessa fez acordo de delação premiada sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), acordo firmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Alexandre de Morais, nesta terça-feira, (19).
Morte de Marielle Franco
Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos em 2018, cuja suspeita pelos crimes foi atribuída ao então policial militar Ronnie Lessa. O acordo foi confirmado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Lewandowski.
“Nós sabemos que essa colaboração premiada traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco”, afirmou.
O crime foi investigado pela Polícia Federal (PF) depois que a Justiça acatou o pedido de advogados dos familiares de Marielle para que as investigações fossem federalizadas, investigação que teve apoio do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro, onde as investigações tiveram início pela Polícia Civil.
Inquérito no STF
Com a suspeita da participação do conselheiro Domingos Brazão no crime, do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro), o inquérito foi remetido para o Superior Tribunal de Justiça em 2023.
Já no Supremo Tribunal Federal, onde o caso foi enviado, as novas provas obtidas durante as investigações da Polícia Federal sobre o assassinato da vereadora mencionaram a participação de um deputado federal no crime.
Mandate do crime
Seis anos após sua morte, familiares de Marielle Franco pedem agilidade nas investigações para que a polícia chegue ao mandate do assassinato ocorrido em 14 de março de 2018, quando a vereadora e Anderson foram mortos ao saírem de um evento. Marielle foi morta com 14 tiros que saíram, em tese, de uma submetralhadora.
Tanto o ex-policial Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz aguardam julgamento como acusados de terem matado a vereadora e Anderson. Ronnie está preso desde 2019 como sendo o principal suspeito pelo crime, além da participação do policial militar Élcio Queiroz, que fez delação premiada e confessou sua participação na morte da vereadora.
Izaías Sousa