Saúde
Saúde pública de Goiânia foi “herança maldita” para Sandro Mabel
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Além dos graves problemas enfrentados pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), a crise na saúde pública de Goiânia também se tornou uma “herança maldita” para o prefeito Sandro Mabel (UB). Ele encontrou uma rede de hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em condições alarmantes.
Crise na saúde pública de Goiânia
A maioria dos Centros de Atenção Integrada à Saúde (CAIS) espalhados pela capital está praticamente em ruínas, não apenas no que diz respeito à estrutura física, mas também pela escassez de médicos especialistas nos atendimentos emergenciais, incluindo a forte demanda por pediatras. Essa questão já está sendo tratada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), conforme declarou o prefeito.
A crise provocada pela falta de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) também foi um legado deixado pelo ex-prefeito Rogério Cruz a Sandro Mabel, que não efetuou os repasses necessários aos hospitais credenciados.
Pacientes morrem por falta de UTI
Em novembro de 2024, quatro pessoas perderam a vida enquanto aguardavam por uma vaga em UTI, uma situação que resultou na prisão de Wilson Pollara, ex-secretário de Saúde da gestão Rogério Cruz.
Com um custo diário de R$ 600,00 para um leito de UTI na rede particular, a Prefeitura de Goiânia desembolsava R$ 1.100 para atender à demanda. Segundo Mabel, essa tabela poderia ser renegociada com os hospitais com base nas diretrizes do Ministério da Saúde.
Dos 312 leitos contratados em Goiânia, 20 estavam bloqueados devido a inadimplência, levando o prefeito a tomar medidas urgentes para atender às necessidades da população.
Falta de medicamentos em hospitais
Os hospitais municipais enfrentam falta de medicamentos básicos para atender os pacientes que buscam assistência nas comunidades. Sem solução imediata disponível, muitos pacientes estão comprando remédios e até insumos hospitalares prescritos pelos médicos.
O prefeito visitou pessoalmente alguns hospitais para ouvir as reclamações dos pacientes, realizando até visitas noturnas como a feita na Unidade de Pronto Atendimento da Chácara do Governador, onde esteve acompanhado pelo secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer.
Promessas de melhorias
Naquela ocasião, Sandro Mabel afirmou: “a saúde de Goiânia vai mudar. Nossa equipe trabalha incansavelmente. Nosso objetivo é melhorar o atendimento médico”.
Médicos realizaram uma paralisação devido ao atraso nos pagamentos, afetando diretamente a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) e as maternidades Célia Câmara, Nascer Cidadão e Dona Íris – problemas que persistem desde 2022.
Embora haja intervenção estadual através do Ministério Público de Goiás (MP-GO), a Secretaria Municipal de Saúde continua representando um desafio para o prefeito experiente na administração empresarial.
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